domingo, 13 de dezembro de 2009

Crônica

Poema para minha avó

Helena Ferreira



Louva-deus,

Grilos,

Cigarras e

Pirilampos.

Juntos fazem canção em minha memória,

Lembrando-me dos velhos tempos,

Na casa de minha avó.



Sapos,

Rãs,

Entoam no riacho

Uma partitura de Bethoven

Ou um tango e Gardel.



Meus ouvidos aprenderam

A ouvir e apreciar esses sons.

Não sou músico,

Mas amo as belezas da arte.

Tudo isso me faz lembrar

Minha infância querida,

Na casa de minha avó,

Que era a melhor psicóloga do mundo

Em sua simples sabedoria de vida.



Lembranças de um passado distante,

Mas constante,

Em uma simples recordação,

De momentos felizes

Que com carinho formaram o meu ser

Na sensibilidade, respeito e dignidade,

Que para sempre devo ter.



domingo, 6 de dezembro de 2009

PORTRAIT

HELENA FERREIRA


Rings mirror
What do you see?
Your own portrait
Your face mirrored.
Show your being,
Your soul
Your joy or your pain.


Be your soul
Your best picture
Your joy Pictures
Let your pain.

Look at the mirror
The best angle of your existence.
Gift of God
Eternity of your life.
Subscribe now ...
And you will always be your own,
Spend days
Hours
Months
Years
Centuries
Millennia.

You will be responsible
By your smiles or tears
Your soul.
So, I invite you
To look at the mirror ...
Let your soul flow,
In the divine grace.

Amen

RETRATO


HELENA FERREIRA


Olhais para o espelho

O que vês?

Teu próprio retrato,

Tua face espelhada.

Mostra teu ser,

Tua alma,

Tua alegria ou tua dor.



Seja tua alma

Teu melhor retrato

Tua alegria retrata

Deixai tua dor.



Olhai para o espelho

No melhor ângulo de tua existência.

Presente de Deus,

Eternidade de tua vida.




Recebas agora...

E serás sempre tu mesmo,

Passem dias,

Horas,

Meses,

Anos,

Séculos,

Milênios.



Será tu o responsável

Por teus sorrisos ou lágrimas

De tua alma.




Então, convido-te

Para olhar o espelho...

Deixe fluir tua alma,

Na divina graça.


Amém

domingo, 22 de novembro de 2009

House Tiny


Helena Ferreira

House tiny
Lined white lime
Simple ceiling
Made of curved tiles.
Windows low
Where can I get ...

House I see in my dreams
Far away is the sea,
A simple under similar
So close you can get.

Little white house ...
My eyes can see.
To always dream to have her ...
And in my thoughts remain.

I want that little white house ...

POEMA

CASINHA PEQUENINA

Helena Ferreira

Casinha pequenina

Revestida de branco cal

Simples teto,

Feito de curvas telhas.

Janelas baixas,

Por onde posso entrar...



Casinha que vejo em meus sonhos

Bem longe fica do mar,

Um simples abrigo assemelha

Tão perto pode ficar.




Casinha branca pequenina...

Os meus olhos podem ver.

Para sempre sonhar em tê-la...

E em meus pensamentos permanecer.

Quero essa casinha branca pequenina...



sexta-feira, 16 de outubro de 2009

POEM


Ouvindo a própria voz


Helena Ferreira



Nas janelas entreabertas da alma

Uma voz chama, chama, chama.

Minha própria voz

Que clama, clama, clama.



Clama por vida

Vida essa que caminha

Por desertos ou alamedas

Buscando sorrisos

Entre os acertos e desacertos da vida.



Guardando segredos

Que d’antes eram lembrados

E agora esquecidos

No semblante triste de vidas amargas.


Não há espaço nas janelas entreabertas

Agora escancaradas

Para receber a flor

Que d’antes escondida

Agora floresce no jardim da glória ou da dor.



Dor que passa...



E tudo passa pelas janelas entreabertas

Agora escancaradas

De minha alma

Que chama, chama, chama



Que d’antes esquecida

Agora recebe as gotas de sabedoria

Que unge o coração

Deixando em vão essa alma

Que clama, clama, clama

Nas janelas outra vez entreabertas.



Buscando sonhos,

Fazendo oração,

Entoando sinos,

Em uma breve canção.

poem


Hearing own voice

Helena Ferreira

The half-open windows of the soul
A voice calls, calls, calls.
My own voice
Crying, cry, cry.

Calls for life
Life that walking
For deserts or malls
Seeking smiles
Among the successes and failures of life.

Keeping secrets
What d'previously remembered
And now forgotten
The sad face of bitter lives.

There is no space in the windows ajar
Now wide open
To receive a flower
What d'before hidden
Now blooming in the garden of glory or pain.

Pain that is ...

And everything goes out the window ajar
Now wide open
My soul
Calling, calls, calls
What d'forgotten before
Now get the drops of wisdom
What anoints the heart
Letting go of that soul
Crying, cry, cry
In the windows again ajar.

Seeking dreams
Making prayer
Beating bells
In a brief song.



DEDICATED FOR SONY KOKKATTU VARGHESE

Special person in my life.