sábado, 22 de janeiro de 2011

As palavras acordam




Os pensamentos fluem
Acordando todos os sentimentos
Dos poetas
Palavras acordam e preenchem o vazio do papel
Frases soltas dançam formando um carrossel
Crianças agora brincam com as palavras
Descobrem que as palavras gostam de brincar
Vão tecendo palavras
E elas se juntam como uma colcha de retalhos
A poesia acorda agora no papel
Preenchido por palavras
Do carrossel
Das crianças
Dos sentimentos dos poetas
Todos rodam no carrossel
E formam a beleza contida
Na simplicidade da colcha de retalhos
Com todas as formas
Todas as cores
No capricho de um arquiteto de cores
Paisagens e flores
No branco do papel.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

domingo, 9 de janeiro de 2011

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Poesia


Flor Serrana

Helena Ferreira 


Nasceu a Flor Serrana
Acordada pelos sorrateiros raios de sol.
Em meio a campos, soberana,
A flor preguiçosa em suas manhãs,
Aparecia como um girassol.

Verdes as suas matas,
Rios e cascatas,
Em noites de lua cheia, naquelas bandas,
Amantes da boa música
Faziam serenatas.
 
Terra onde Deus ungiu com fartura nos campos
Tudo que se plantava colhia
Terra de solo fecundo
Por ti um amor tão profundo
Como jamais se sentia.

E o barulho dos carros de boi
Trazendo os grãos
Todo dia, todo dia,
Com o trabalho em suas mãos,
Vai José, vai Maria.

Bem definidas eram as estações
Com inverno tão frio
Chuvas de verão
E na primavera flores se abriam
Num lindo e perfeito contraste da hera no chão.

E os pássaros entoavam lindas canções
Cantando a melodia,
Que encantavam os corações,
Em perfeita sintonia,
Em suas quatro estações.

Eu sonhava em ser um poeta, 
Um trovador,
Falar da minha terra,
Em simples versos de amor. 
 
Passaram-se dias, meses e anos...
Por ali nada mudava 
Apenas a beleza ao ver a natureza,
Que sempre renovava.
 
E agora em meio a prédios,
Vejo essa flor crescer,
E o progresso nascer.

E o trabalho faz coroar
Flor Serrana,
A rainha desse lugar.