terça-feira, 31 de agosto de 2010

TIA AVÓ


TIA AVÓ

Helena Ferreira


Que gracinha da minha tia avó
Borda meu vestido azul
E tricota meu paletó!
Faz de fitas
Meu vestido de anjo
Para os domingos de maio.
Depois do sarau
Beija-me na testa
Para me ver fazer festa...
Compra-me um cavalinho de pau
Uma porção de balas Chita
Ensina-me pular amarelinha
Brincar de roda
Passar anel...
Faz de mim a garota mais bonita.

Que gracinha da minha tia avó!

Children and their childish


Children and their childish

Helena Ferreira

In my mornings
Everything seems reborn
I hear the song of birds
And watch the sunrise.

A gentle breeze
Wakes up the daisies
Singing announces
Another morning flowering.

From the window I can see
The blue color of the sky
Clouds pass fast
Forming a white veil.

Bows of ribbon in her hair for girls
And they run with their braids
Jumping shake their dresses ...
With all the tenderness of children.

Chasing butterflies
Children with their childishness
Stumble, fall and rise ...
These children and their childish ...

But being a child now
Closed in apartments
Do not play in the wind
There are more free as before.

Ah! How good to see the children ...
With their childish! ...

Crianças e suas criancices


Crianças e suas criancices

Helena Ferreira

Nas minhas manhãs
Tudo parece renascer
Ouço o canto dos pássaros
E vejo o Sol nascer.

Uma suave brisa
Acorda as margaridas
Cantando anuncia
Mais uma manhã florida.

Da janela posso ver
O colorido azul do céu
Nuvens passam rápidas
Formando um branco véu.

Laços de fitas nos cabelos das meninas
E elas correm com suas tranças
Pulando seus vestidos balançam...
Com toda a ternura das crianças.

Correndo atrás das borboletas
As crianças com suas criancices
Tropeçam, caem e se levantam...
Essas crianças e suas criancices...

Mas ser criança agora
Fechadas nos apartamentos
Não brincam ao vento
Não são mais livres como outrora.

Ah! Como é bom ver as crianças...
Com suas criancices!...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A poem for you


Love just for love 

No questions or answers 
It may be near or far 
If love exists 
He hopes 
Believed 
Forgive
 Listening 
And speaks the language of the heart 
Need not be a poet 
To know the thrill
This heart beats 
Who simply loves.

Um poema para você

Amar simplesmente por amar
Sem perguntas ou respostas
Pode estar perto ou longe
Se o amor existe
Ele espera
Acredita
Perdoa
Escuta
E fala a linguagem do coração
Não precisa ser poeta
Para conehecer a emoção
Das batidas desse coração
Que simplesmente ama.

terça-feira, 29 de junho de 2010

O trabalho em rede e a inclusão escolar.


O trabalho em rede e a inclusão escolar.

É papel da escola, inserir no âmbito escolar, além dos conhecimentos cognitivos, os valores culturais para que a educação seja realmente inclusiva.
Além de conhecimento cultural, o trabalho em rede promove um momento de encontro de lazer e confraternização entre as esferas comunidade, escola e família.
           
No trabalho em rede a cada momento há uma nova conexão, e a rede vai se tornando mais complexa.
            Todo trabalho deve ser autônomo, onde a democracia deve ser uma regra, ouvindo todas as partes, chegando a um objetivo comum.
            Nesse trabalho em rede, os objetivos devem ser alcançados de forma horizontal, onde todos se manifestam e têm suas ideias acatadas pelo grupo.
            Cooperação entre a rede, uns ajudando os outros porque cada membro da equipe tem seu valor. O grupo é formado por diferentes pessoas, com diferentes potencialidades e habilidades para alcançarem os mesmos objetivos propostos para alcançarem o objetivo final da rede.
            O trabalho em rede é sempre gratificante quando os objetivos foram alcançados sempre serão um sucesso porque, podemos destacar alguns itens que se tornaram os principais motivos de nosso trabalho em rede.
            Eles são essenciais em nossa rede por passar por nossa cultura e registrar nossa história, motivados pelas ideias de colaboração, união, solidariedade, socialização, entusiasmo, criatividade, respeito e integração da sociedade num todo. 
            Concluindo, a inclusão se torna efetiva de maneira horizontal, efetiva, onde os sujeitos são os próprios autores e protagonistas de sua própria história, que é a vida na sociedade em que vive, passando pela escola.

domingo, 13 de junho de 2010

POESIA


Poetry

Helena Ferreira


And my poetry walking
Horizon crossing rivers and mountains
Ride winged horses
Are the morning dew.

Your secret hideout
From secret dreams
Which dawn
And lurking eyes confused.

The poet's eye
Waiting verses arise
As if by magic
As these verses that I have received now.

By far ...
On wings of butterflies
Gently flowing
In my mind
 In my hands
To quickly write
Afraid of losing them.

And they will fly to other places
The charms of a poet
What do you expect these my verses,
To delight the eye,
Ears,
For those who appreciate poetry.

And I get the
My dear verses
Immersed in poetry
And to give them life
That this moment is created
My soul of poetry.

Poesia


Poesia

Helena Ferreira


E meus versos caminham
Atravessam horizontes rios e montes
Cavalgam cavalos alados
Encontram o orvalho da manhã.

Seu esconderijo secreto
De secretos sonhos
Que amanhecem
E rondam os olhos confusos.

Os olhos do poeta
Que espera os versos surgirem
Como num passe de mágica
Como esses versos que recebi agora.

De longe...
Em asas de borboletas
Suavemente fluindo
Na minha mente
 Nas minhas mãos
Que rapidamente escrevem
Com medo de perdê-los.

E eles voarão por outros cantos
Nos encantos de um poeta
Que espera esses meus versos,
Para encantarem os olhos,
Os ouvidos,
De quem aprecia a poesia.

E eu os recebo
Meus queridos versos
Na poesia imersos
E para dar-lhes a vida
Que nesse momento se cria
Minha alma de poesia.

A importância da " Rede " e seus fundamentos .


É papel da escola, inserir no âmbito escolar, além dos conhecimentos cognitivos, os valores culturais de nossa região, para que a memória cultural popular não seja esquecida. Então, é importante que aconteça a Festa Junina na escola.
Além de conhecimento cultural, a Festa Junina promove um momento de encontro de lazer e confraternização entre as esferas comunidade, escola e família.

Enfim começamos os preparativos para a nossa famosa e esperada Festa Junina.
A escola se transforma, os professores escolhem as músicas para as danças, os ensaios no pátio da escola com a colaboração de todos.
Todos os funcionários se envolvem, querem que os alunos brilhem, pois a festa é tradicional em nossa escola.
Enfim o dia se aproxima, acontece a escolha dos trajes para as danças e apresentações.
Nas salas de aula, todos trabalham para confeccionar os enfeites, convites, bandeirinhas, correntes, balões.
No dia da festa é aquele corre-corre, pois precisamos ornamentar o pátio. Mais uma vez o trabalho em equipe faz a diferença, o pátio fica uma beleza.
Chegou a hora! O pátio lotado. Durante a festa há animação com músicas, leilões, barraquinhas, fogueira, comidas típicas e danças.
Todos trabalham e se divertem, conhecendo melhor as famílias de todos os alunos em um ambiente de confraternização de toda a comunidade.


Depois do Carnaval, o evento mais esperado do calendário brasileiro são as festas juninas, que animam todo o mês de junho com muita música caipira, quadrilhas, comidas e bebidas típicas em homenagem a três santos católicos: Santo Antônio, São João e São Pedro.
Naturalmente as festas juninas fazem parte das manifestações populares mais praticadas no Brasil”.

Como é do conhecimento geral, fomos descobertos pelos portugueses, povo de crença reconhecidamente católica. Suas tradições religiosas foram por nós herdadas e facilmente se incorporaram em nossas terras, conservando seu aspecto folclórico. Sob essa base é que instituições educacionais promovem, em nome do ensino, as festividades juninas, expressão que carrega consigo muito mais do que uma simples relação entre a festa e o mês de sua realização”.

            “Entretanto, convém salientar a coerente distância existente as finalidades educacionais e as religiosas”.

            Sendo a Festa Junina uma tradição cultural de nossa cidade, faz-se necessário que a escola também nesse momento histórico mantenha essa tradição.
            Como em Nova Serrana existem muitas escolas municipais e estaduais, a Secretaria de Educação e Cultura, convoca os diretores das escolas para uma reunião. Nessa reunião é determinada a data da festa de cada escola. O diretor retorna à escola, convoca uma reunião com os funcionários e o colegiado da escola e informa a data prevista para que aconteça a festa. Nesse momento todos manifestam suas sugestões para a organização da festa. É hora de comunicar ao aluno e mandar um bilhete pedindo a autorização dos pais para a participação dos filhos, respeitando assim todas as crenças religiosas. Depois da autorização, começam os ensaios.
            Observamos que a cada momento há uma nova conexão, a nossa rede vai se tornando mais complexa.

           
           Todo trabalho deve ser autônomo, onde a democracia deve ser uma regra, ouvindo todas as partes, chegando a um objetivo comum.
            Nesse trabalho em rede, os objetivos devem ser alcançados de forma horizontal, onde todos se manifestam e têm suas ideias acatadas pelo grupo.
            Cooperação entre a rede, uns ajudando os outros porque cada membro da equipe tem seu valor. O grupo é formado por diferentes pessoas, com diferentes potencialidades e habilidades para alcançarem os mesmos objetivos propostos para alcançarem o objetivo final da rede.

            O nosso grupo de trabalho é autônomo, trabalha em cooperação, em prol do mesmo objetivo, onde há respeito pelo trabalho do outro e integração da comunidade escolar.
            Quando começamos o trabalho da festa todos participaram dando suas opiniões, tudo foi discutido e chegamos a uma conclusão, pois todo membro da equipe tem direito de votar nas propostas de trabalho.
            A escola trabalha em equipe para que a festa seja um sucesso, um momento de confraternização, onde todos os nódulos serão inseridos na rede.. a nossa rede não pára, ela cresce a todos os instantes, muito além do que podemos imaginar.


            O trabalho em rede é sempre gratificante quando os objetivos foram alcançados com sucesso e nossa festa sempre é um sucesso porque, podemos destacar alguns itens que se tornaram os principais motivos de nosso trabalho em rede.
            Eles são essenciais em nossa rede por passar por nossa cultura e registrar nossa história, motivados pelas ideias de colaboração, união, solidariedade, socialização, entusiasmo, criatividade, respeito e integração da sociedade num todo. 

segunda-feira, 5 de abril de 2010

PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM ESCOLAR DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS.


CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS:


• Concepção ambientalista-comportamentista


A abordagem ambientalista-comportamentalista, inspirada no empirismo atribui exclusivamente ao ambiente a constituição das características individuais humanas. Assim, as características individuais são determinadas por fatores externos ao indivíduo. Onde a escola tem a incumbência de corrigir os problemas sociais.




• Concepção inatista getaltista



O conhecimento se produz porque existe no ser humano uma capacidade interna inata que predispõe o sujeito ao conhecimento.
Se a aprendizagem depende do desenvolvimento dos sujeitos e dos fatores hereditários, justifica-se então, as dificuldades encontradas pelos aprendizes nas causas genético-hereditárias.


Concepção psicogenética


Faz-se juz mencionar em primeiro instante o pensamento de Piaget onde a sua abordagem é construtivista principalmente porque nos ajuda a pensar o conhecimento científico na perspectiva da criança ou daquele que aprende. O seu estudo é principalmente centrado em compreender como o aprendiz passa de um estado de menor conhecimento a outro de maior conhecimento, o que está intimamente relacionado com o desenvolvimento pessoal do indivíduo.




.Concepção sóciointeracionista



Os estudos de Lev Vygotsky (1896-1934) postulam uma dialética das interações com o outro e com o meio, como desencadeador do desenvolvimento sócio-cognitivo. Para Vygotsky e seus colaboradores, o desenvolvimento é impulsionado pela linguagem. Eles acreditam que a estrutura dos estágios descrita por Piaget seja correta, porém diferem na concepção de sua dinâmica evolutiva. Enquanto Piaget defende que a estruturação do organismo precede o desenvolvimento, para Vygotsky é o próprio processo de aprender que gera e promove o desenvolvimento das estruturas mentais superiores.
Um ponto central da teoria vygotskyana é o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), que afirma que a aprendizagem acontece no intervalo entre o conhecimento real e o conhecimento potencial.


Deficiência Mental 1


Acostumamos a pensar na Deficiência Mental como uma condição em si mesma, um estado patológico bem definido. Entretanto, na grande maioria das vezes a Deficiência Mental é uma condição mental relativa. A deficiência será sempre relativa em relação aos demais indivíduos de uma mesma cultura, pois, a existência de alguma limitação funcional, principalmente nos graus mais leves, não seria suficiente para caracterizar um diagnóstico de Deficiência Mental, se não existir um mecanismo social que atribua a essa limitação um valor de morbidade. E esse mecanismo social que atribui valores é sempre comparativo, portanto, relativo.
Como vimos nas definições acima, Deficiência Mental é um estado onde existe uma limitação funcional em qualquer área do funcionamento humano, considerada abaixo da média geral das pessoas pelo sistema social onde se insere a pessoa. Isso significa que uma pessoa pode ser considerada deficiente em uma determinada cultura e não deficiente em outra, de acordo com a capacidade dessa pessoa satisfazer as necessidades dessa cultura. Isso torna o diagnóstico relativo.

A maioria dos casos de deficiência mental pode ser identificada na infância, entretanto, muitas crianças só são diagnosticadas quando vão para a escola.
Isso é porque muitas crianças com DM apresenta grau Leve da patologia e os testes de inteligência para crianças pequenas não são muito confiáveis e válidos.
Ao entrar na escola as solicitações intelectuais aumentam significativamente e a eventual DM torna-se mais evidente.
Na maioria dos casos de Deficiência Mental (DM), especialmente os de níveis leve e moderado não se pode identificar as causas, ficando aí uma discussão acirrada entre autores organicista, que consideram a prevalência dos fatores constitucionais da DM e os autores sociológicos, para os quais prevaleceriam as causas ambientais, como por exemplo, a falta de estímulos adequados e em épocas precoces da vida.

É um erro acreditar que a maioria das crianças com DM tem um aspecto físico diferente das outras. A maioria dessas crianças é portadora de DM leve e não se distinguem fisicamente das outras crianças. As exceções são os casos de DM grave e severa, bem como na Síndrome de Dowm, onde elas guardam alguns aspectos comuns entre si, ditas sem necessidades educativas especiais.


Outro engano leigo é achar que o nível de funcionamento mental se mantém sempre igual e definitivo em todos os casos. Nos casos de deficiência mental leve os programas educativos intensivos e adequados podem atenuar significativamente essa situação.


A LESÃO CEREBRAL COMO CAUSA DE DM



A lesão no cérebro pode causar graves problemas de aprendizagem e de adaptação ou, outras vezes, só desvios menores. As expressões lesão cerebral, lesão neurológica ou causa orgânica são sinônimos e se referem a um estado, no qual as células do cérebro foram destruídas ou sofreram algum dano suficiente para causar um prejuízo no desempeno da pessoa.
Essas lesões podem estar limitadas a áreas específicas do cérebro ou podem ser generalizadas (difusas) em todo tecido nervoso. Quando a lesão está localizada falamos em “lesão focal” e pode afetar somente as funções reguladas por essa parte do cérebro. Por outro lado, se a lesão é difusa, pode causar uma diminuição em muitas funções cerebrais, como por exemplo, da aprendizagem e do comportamento.
As lesões podem produzir-se em qualquer etapa do desenvolvimento. Pode ser conseqüência de fatores genéticos, de agentes tóxicos, de carências físicas e nutricionais, de doenças infecciosas ou agressões diretas sobre o cérebro.
Quando o Retardo Mental se deve a uma lesão do sistema nervoso central (SNC), há pouca esperança de restaurar as áreas lesadas. Nesses casos, muitas vezes, o cérebro desenvolve um rendimento máximo nas áreas intactas para compensar o mau funcionamento das zonas danificadas. Os fatores causais mais frequentes associados às lesões cerebrais são:
Infecções; antes e depois do nascimento: causam lesões cerebrais algumas doenças da mãe, tais como a sífilis, outras encefalites e a rubéola durante a gravidez. As infecções pós-natais que acompanham ao sarampo, a tosse comprida (coqueluche), escarlatina, encefalite, meningite e outras doenças infecciosas da infância quando complicadas podem produzir dano cerebral.
Agentes tóxicos: os venenos, as drogas e substâncias tóxicas podem comprometer as células do tecido cerebral e impedir seu funcionamento normal.
Carências nutricionais e perturbações no metabolismo: depósitos de substâncias danosas às células do cérebro podem interferir em seu funcionamento normal, assim como as carências nutritivas também podem inibir o desenvolvimento neurológico do feto.
Fatores constitucionais: Acredita-se que a incompatibilidade sanguínea possa causar algumas desordens no metabolismo cerebral.
Lesões pré-natais, natais e pós-natais: podem produzir-se lesões cerebrais na etapa pré-natal como conseqüência de irradiação ou radioatividade, da carência de oxigênio devido asfixia materna, grave anemia maternal ou grave hipotensão arterial.


Recomendações para o trabalho pedagógico:



• Acreditar no potencial do aluno;
• Facilitar a inclusão, estimulando o aluno;
• Ampliar as experiências pessoais, sociais e culturais que o aluno traz;
• Compartilhar saberes;
• Desenvolver o espírito crítico;
• Saber lidar com a prticularidade do aluno;
• Evitar os rótulos;
• Não infantilizar a relação com os alunos com deficiência mental;
• Trabalhar o aluno medindo o qualitativo, não o quantitativo em relação ao conhecimento, observando sua evolução, seu crescimento;
• Ver o desenvolvimento do aluno não de forma mecânica, mas na reailização nas relações sociais;
• Viabilizar ao aluno a visão de mundo, para o entendimento das suas relações com a vida;
• Realizar relacionadas a jogos.
O jogo passou a ser reconhecido como comportamento espontâneo em uma sociedade, correspondendo às possibilidades de auto-educação, uma vez que não é um comportamento isento, mas sim, processo de assimilação (Piaget, 1978) do real a propósito de objetos que refletem a vida num grupo humano de dimensões variadas.
Essa condição nos leva a refletir sobre o momento em que a criança, ao relacionar-se com o mundo dos adultos, demonstra em determinadas situações, não compreender a realidade que a cerca, como por exemplo, determinadas regras, atitudes e conceitos daquilo que se passa ao seu redor. E, por isso, assimila o real à sua maneira, procurando satisfazer suas necessidades afetivas, intelectuais e motoras, o que justifica um equilíbrio pessoal no mundo físico e social.
Com a criança portadora de deficiência mental a situação não é diferente, porém, se processa numa intensidade superior e mais longa, porque suas dificuldades de assimilar o real e agir sobre ele, na maioria das situações, esbarra na deficiência. O que nào quer dizer que seja um limite fim, mas um, ponto a ser trabalhado e desenvolvido porque, como sabemos, a criança portadora de deficiência mental tem potencialidades “latentes” que precisam ser suscitadas, conscientizadas.
Desta forma, o jogo, por refletir o prazer da ação sem a expectativa de resultados, por ser um fim em si mesmo e por se dirigir à preocupação dominante da satisfação pessoal, aparece como elemento essencial, a contribuir, seja pelo exercício repetitivo do prazer funcional — jogo de exercício; seja pelo simbolismo na representação ou imitação do real — jogo simbólico; e/ou pelo socializante das convenções ou regras — jogo de regras” (Piaget, 1978), na promoção do equilíbrio da criança portadora de deficiência mental, com o mundo estranho que a cerca e na alteração positiva do seu desempenho motor."



Bibliografia
Caderno de Textos para Formação de Professores do Estado de Minas Gerais. Pag.22 a 32 / 47 a 53.
Ballone GJ - Deficiência Mental - in. PsiqWeb, Internet, disponível em revisto em 2003

segunda-feira, 15 de março de 2010

Poema

CREPÚSCULO

Helena Ferreira


Despertando sob o sol
Navegantes perdidos
Ousam acreditar
Que os deuses ali vão morar
Os raios de sol no crepúsculo
Parecem que saem do mar
Por vitrais coloridos
Cintilam nas leves ondas do mar
E o sol caminha por trás dos montes
E por alguns instantes
Por montanhas verdejantes
Visitando horizontes
Agora em outro lugar
E como em um cochilo a noite cai
Crepúsculo cedendo ao encanto da escuridão
Sustentando as cores em profusão
Entre o esplendor de cálidas tonalidades
Ofuscando o sol no seu poente
Tocando os olhos, a alma e o coração
Em um suspiro inocente.

domingo, 7 de março de 2010

As condições atuais da Educação Inclusiva em nosso país

As condições atuais da Educação Inclusiva em nosso país

Helena Maria Ferreira

A educação é o principal alicerce da vida social. Ela transmite e amplia a cultura, estende a cidadania, constrói saberes para o trabalho. Mais do que isso, ela é capaz de ampliar, as margens da liberdade humana, a medida que a relação pedagógica, adote como compromisso e horizonte ético-político, a solidariedade e a emancipação.
No desempenho da função social transformadora, que visa a construção de um mundo melhor para todos, a educação escolar tem a tarefa clara em relação a diversidade humana: trabalhá-la como fator de crescimento de todos no processo educativo.
Se o nosso sonho e o nosso empenho são por uma sociedade mais justa e livre, precisamos trabalhar, desde a escola, o convívio e valorização das diferenças, base para uma verdadeira cultura da paz.
Percorrendo os períodos da história universal, desde os mais remotos tempos, evidenciam-se teorias e práticas sociais segregadoras, inclusive quanto ao acesso ao saber. Poucos podiam participar dos espaços sociais nos quais se transmitiam e se criavam conhecimentos. A pedagogia da exclusão tem origens remotas, condizentes com o modo como estão sendo construídas as condições de existência da humanidade em determinado momento histórico.

Em todo mundo, durante muito tempo, o ‘diferente’ foi colocado à margem da educação: o aluno com deficiência particularmente, era atendido separado, ou então, simplesmente excluído do processo educativo, com base em padrões de normalidade. A educação especial quando existente também mantinha-se apartada em relação a organização e provisão de serviços educacionais.
Na era atual, batizada como a era dos direitos, pensa-se diferentemente acerca das necessidades educacionais de alunos. A ruptura com a ideologia da exclusão proporcionou a implantação da política de inclusão, que vem sendo debatida e exercitada em vários países, entre eles o Brasil. Hoje, a legislação brasileira posiciona-se pelo atendimento dos alunos com necessidades educacionais especiais preferencialmente em classes comuns das escolas, em todos os níveis, etapas e modalidades de educação e ensino.

De acordo com as palavras do Ministro da Educação Paulo Renato de Souza, o caminho para alcançarmos a escola inclusiva, também precisa ser inclusivo entre União, Estado e Município.
"Os programas de formação inicial deverão incutir em todos os professores da educação básica uma orientação positiva sobre a deficiência que permita entender o que se pode conseguir nas escolas com serviços locais de apoio. Os conhecimentos e as aptidões requeridos são basicamente os mesmos de uma boa pedagogia, isto é, a capacidade de avaliar as necessidades especiais, de adaptar o conteúdo do programa de estudos, de recorrer à ajuda da tecnologia, de individualizar os procedimentos pedagógicos para atender a um maior número de aptidões... Atenção especial deverá ser dispensada à preparação de todos os professores para que exerçam sua autonomia e apliquem suas competências na adaptação dos programas de estudos e da pedagogia, a fim de atender às necessidades dos alunos e para que colaborem com os especialistas e com os pais".(ONU).
A educação tem hoje, portanto, um grande desafio: garantir o acesso aos conteúdos básicos que a escolarização deve proporcionar a todos os indivíduos – inclusive àqueles com necessidades educacionais especiais, particularmente alunos que apresentam altas habilidades, precocidade, superdotação; condutas típicas de síndromes/quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos; portadores de deficiências, ou seja, alunos que apresentam significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores genéticos, inatos ou ambientais, de caráter temporário ou permanente e que, em interação dinâmica com fatores socioambientais, resultam em necessidades muito diferenciadas da maioria das pessoas.
Embora a inclusão da criança com deficiência na escola regular não seja um fato novo, principalmente em âmbito mundial, é a partir de 1994, com a publicação pela ONU da chamada Declaração de Salamanca sobre princípios, políticas e prática em educação especial, que o termo Educação Inclusiva ganha força, e coloca-se como meta dos países signatários da Declaração, inclusive o Brasil.
A base do chamado paradigma de Inclusão está na crença de que a diversidade é parte da natureza humana, a diferença não é um problema, mas uma riqueza. Uma sociedade democrática é uma sociedade para todos; uma escola democrática é uma escola para todos. Inclusão é, antes de tudo, uma questão de ética.
E quem ganha com a inclusão? Ganham todos. Ganham as crianças com deficiência, que têm a oportunidade de usufruir de um recurso de sua comunidade, de vivenciar a riqueza do espaço escolar, de conviver com parceiros que lhes oferecem modelos de ação e aprendizado impensáveis em uma educação segregada.
Ganham também as outras crianças, que aprendem a conviver com a diversidade, aprendem a respeitar e a conviver com a diferença. Serão, certamente, adultos muito melhores, muito mais flexíveis.
Ganham os educadores, que enriquecem sua formação e sua prática, pelo crescimento que o desafio de educar a todos lhes proporciona.
Ganham as famílias, que passam a ver seu filho como um cidadão que tem direito de partilhar dos recursos de sua comunidade.
Ganha, em última instância, a comunidade como um todo, que se torna um espaço mais democrático, que entende que todos os seus membros são igualmente dignos.
Então, entende-se que a escola também como um todo tem que estar empenhada na educação inclusiva, desde o porteiro até o diretor, juntamente com as famílias.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

POEM

Permission

Helena Ferreira



Let me close my eyes,
My thought is too far!
I thought it was just nostalgia,
But this thought lurks.


Let now I whisper
The words that I thought hides.
There is a sweet light in silence,
The sweet words in the distance.


Let now I open my eyes,
To see the world outside.
In the dark heart of the crisis,
That also looks at me now

Poema

Permissão

Helena Ferreira


Permita que eu feche os meus olhos,
Meu pensamento está muito longe!
Pensei que era apenas saudade,
Mas nesse pensamento se esconde.


Permita agora que eu sussurre
As palavras que meu pensamento esconde.
Há uma doce luz no silêncio,
Nas suaves palavras ao longe.


Permita agora que eu abra meus olhos,
Para ver o mundo lá fora.
No escuro olhar da lua,
Que também me olha agora.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Poem

Your hands
Helena Ferreira


In your hands you the rainbow
The smile on the lips of children
A ray of sunshine
Hope.

In your hands you the sky
The brightness of stars, the moon
Dawn
The breeze, the waves of the sea.

In your hands you the magic of fairies
The clear nights of full moon
The sunny afternoons
The castles of sand.

In your hands you have the most delicate gestures
Ocean
Touch
The real
Fantasy
The most beautiful dreams
I dreamed of one day.

Poema

Tuas mãos
Helena Ferreira

Nas tuas mãos tens o arco-íris
O sorriso dos lábios da criança
Um raio de sol
A esperança.

Nas tuas mãos tens o céu
O brilho das estrelas, o luar
O amanhecer
A brisa, as ondas do mar.

Nas tuas mãos tens a magia das fadas
As noites claras de lua cheia
As tardes ensolaradas
Os castelos de areia.

Nas tuas mãos tens os mais delicados gestos
O oceano
O toque
O real
A fantasia
Os mais belos sonhos
Que sonhei um dia.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Crônica

LEMBRANÇAS
HELENA FERREIRA

As memórias vêm e vão fluindo como flash transportando-nos ao passado, muitas vezes tão distantes e então paramos por algum tempo e nos deparamos com a matemática, calculando o tempo, quando, em que época foi feito esse registro em nossas vidas.
Esse tempo às vezes se torna tão remoto, tão distante, fora do alcance de nossas lembranças, as horas se passam e nós ali, tentando trazer à tona as relíquias guardadas no baú chamado saudade.
Hoje, passei por essa experiência, quando o telefone tocou e minha mãe com toda cortesia me oferecia sementes de romã, para o dia de Reis. Muitas pessoas ainda acreditam nessa “simpatia” que é feita no Dia de Reis Magos – que possa trazer prosperidade ao longo do novo ano que se inicia.
Muitos flashes em minhas lembranças se abriram como fogos de artifício, e me vi em várias épocas onde vivenciei fatos ligados ao nascimento de Jesus, e à visita ao Menino Jesus pelos Reis Magos. Quando pequena eu ouvia dizer que esses três reis levaram presentes para Jesus, seguindo a estrela guia. Ficava por horas, sentada em frente ao presépio na sala da casa de minha avó paterna olhando essas figuras que faziam parte daquele cenário e imaginava como seria aquele lugar, o cheiro do incenso, do perfume e como chegar até lá seguindo uma estrela. Ficava tentando lembrar o nome dos reis e sempre esquecia como se chamava o terceiro rei, Baltazar, Belchior e Gaspar.
Voltei à memória mais recente e soaram em meus ouvidos uma canção de Natal que diz assim:
“E levaram os três dons:
Ouro, mirra, incenso bom.
Para a vir, vir, vir
Para a vir, gem, gem
Para vir, para gem
Para virgem pia
Nossa mãe Maria.”

Em um mergulho ao fundo de minhas lembranças sobre o dia de Reis, voltei à minha infância, num lugarzinho muito distante, bem escondido entre alguns morros e de difícil acesso. Nesse lugar só recebíamos visitas de pessoas muito queridas que andavam quilômetros à pé ou no lombo de cavalos. Atravessando muitas vezes o rio Pará em uma balsa – quando me lembro de deveras passei por tantas vezes, no rio, em forte correnteza, me passa um frio pela espinha – para ter aceso a esse lugar de que hoje me recordo.
No entanto, todo ano no dia seis de janeiro, acontecia a “Folia de Reis”, que é parte viva de nosso folclore, hoje quase desaparecido.
Cavalheiros mascarados que tocavam, cantavam e dançavam, visitando todas as casas da redondeza, arrecadando donativos para as entidades carentes.
Eles saíam durante a noite, visitando todas as casas da vizinhança. Quando chegavam à nossa casa já eram altas horas da noite. Muitas vezes não aguentávamos o sono de crianças e adormecíamos - eu e meus irmãos. Acordávamos com a cantoria pela estrada afora, aproximando-se da porteira há uns duzentos metros da nossa casa.
Levantamos todos para receber os festeiros. Quando então minha mãe corria para a cozinha para aquecer o chá e preparar o café fresquinho que espalhava aquele aroma perfeito para a acolhida dos visitantes.
Nós crianças, ficávamos trepados em um banco em frente à janela, para vê-los chegando ao terreiro, de terra bem branquinha, varrido com folhas de alecrim que deixavam um delicioso cheiro de limpeza naquela noite estrelada que parecia convidar para uma dança.
A noite de reis passava tão depressa, ou seria mesmo a ansiedade de aproveitar cada momento de espera naquele dia, naquele lugar que quase nada acontecia. Mas na verdade, nós tínhamos mesmo era medo de conhecer o que existia debaixo daquelas máscaras dos reis, que sempre foi um mistério para nós. Quem seria o personagem mascarado? Até hoje não sabemos.
A noite passava...
E esperávamos até o próximo ano, a Folia de Reis.