COTIDIANO
Helena Ferreira
O progresso chegou à minha rua
O barulho dos passarinhos foi bruscamente interrompido,
Hoje só ouço o som de máquinas e britadeiras
E vejo o cimento a escorrer das lajes dos prédios.
A água desce pela rua asfaltada formando poças
Então fico a lembrar que há tão pouco tempo ali,
Passava um fio de água fresca, cristalina sob as árvores...
Nascentes foram cruelmente cobertas pelos arrimos dos prédios
Em um furor próprio da natureza ainda tenta brotar,
E sem rumo suas veias marejam em meio ao asfalto
Procurando em vão sua bica.
Pessoas ainda possuem uma consciência tão pobre,
Ou será desamor?
Lavam calçadas enquanto a fome e a sede de uma água tão rara
Matam crianças na África...
Ah! Mas a África está tão longe!
Então me dói, dói por dentro...
As minhas vizinhas jaguatiricas até foram embora
E o beija-flor que visitava meu jardim, anda sumido
Sinto saudades até das vacas fujonas
Que apareciam no meu quintal.
Aquela coruja simpática
Que pousava todas as noites na comunheira da minha casa
Nunca mais apareceu.
Hoje me levantei com um pensamento ecológico,
Plantei três lindos flamboyants
Em um espaço
Em frente à minha casa.
Quero ouvir novamente o barulho dos passarinhos
Compartilhado com a visita do meu amigo beija-flor.
Quem sabe até a corujinha não volta a aparecer?
Preciso da companhia desses meus amáveis vizinhos,
Mostrando que a vida é bela,
Enquanto percebida
Nas coisas mais simples nos oferecida
De graça por Deus.
Que o nosso mundo ainda é o melhor lugar para se viver,
Que não só de esperança
Vive o homem,
Mas de ação e sabedoria.
O futuro do planeta está em nossas mãos,
Que pequenos gestos podem mudar o rumo dessa história
De um futuro deserto sem vida
Para um paraíso onde a natureza viva, possa reinar...
Em absoluta harmonia.
Meu jardim suspenso anda florido,
Mesmo estando no outono,
Acho que é um aviso
De que meu coração está verde
E minhas veias estão em fotossíntese de amor...
Bom dia, mundo bom!
Abril/2007
COTIDIANO Helena Ferreira Progress has come to my street The noise of the birds was abruptly interrupted, Today only hear the sound of machinery and crushers And I see the concrete slabs of the drip of buildings. Water down the street puddles forming asfaltada So I get to remember that there is so little time there, Passed a string of fresh water, crystalline under the trees ... Springs were cruelly covered by the backer of the buildings In a fury of nature itself still tries to sprout, And without your veins marejam direction amid the asphalt Looking in vain your faucet. People still have a conscience so poor, Or is disaffection? Wash sidewalks while hunger and a thirst for water so rare Kill children in Africa ... Ah! But Africa is so far away! So I hurts, it hurts inside ... My neighbor went away until Ocelot And the hummingbird that visited my garden, get gone I miss you until the cows fujonas That appeared in my backyard. That owl friendly What inn every night in comunheira of my house Never appeared. Today I woke up with an ecological thinking, Planted three beautiful flamboyants In a space In front of my house. I want to hear again the sound of birds Shared with the visit of my friend hummingbird. Who knows until the corujinha not appear again? I need the company of my kind neighbors, Showing that life is beautiful, While perceived In the simplest things we offered From grace of God. That our world is still the best place to live, That not only of hope The man lives, But the action and wisdom. The future of the planet is in our hands, That small gestures can change the course of this story From a future without desert life For a paradise where nature alive, to reign ... In absolute harmony. Suspended walk florido my garden, He was in the fall, I think it's a warning That my heart is green And my veins are in photosynthesis of love ... Good morning, good world! April/2007 | ||
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