segunda-feira, 7 de abril de 2008

DIA MUNDIAL DA SAÚDE

07 DE ABRIL - DIA MUNDIAL DA SAÚDE


Semana Saudável


Muitas pessoas com diabetes têm medo do nutricionista. Imaginam que ele é o “carrasco que vai dar um monte de proibições e passar uma dieta rígida, que não vai ser possível seguir”.
Dra. Rosane Kupfer, Chefe do Serviço de Diabetes do IEDE, diz que a integração médico-nutricionista é essencial para um bom tratamento de diabetes. “Às vezes o paciente se alimenta de forma incorreta por desconhecimento”, afirma. Um estudo feito por ela e pela Dra. Cláudia Pieper na Unidade de Educação do IEDE concluiu que a maior dificuldade das pessoas é manter uma alimentação correta, mesmo daquelas que eram bem instruídas.
Dra. Rosane orienta que o primeiro contato com o nutricionista seja feito o mais rápido possível, para que os resultados do tratamento de diabetes sejam rápidos e para evitar situações como hipoglicemia, que assusta muito o paciente com diabetes. “O profissional de nutrição colabora muito com o sucesso do tratamento. A parceria médico-nutricionista torna o paciente mais autônomo, mais independente”, afirma.
Ela recomenda que todas as pessoas com diabetes se consultem apenas com o médico, mas também com o nutricionista. “Mesmo aqueles que possuem bons hábitos alimentares, pois eles podem precisar aprender novidades, como a contagem de carboidratos”, explica.
Como é a Consulta
Dra. Wilma Rodrigues de Amorim, Chefe do Serviço de Nutrição do IEDE, explicou como é feita a consulta com a pessoa com diabetes.
O primeiro passo é olhar o encaminhamento médico, para saber porque o médico recomendou a consulta. O nutricionista olha também os exames laboratoriais, para ver qual a situação do controle do diabetes. Também são medidos peso, altura e circunferência abdominal, para saber se a pessoa com diabetes também necessita emagrecer.
A próxima etapa é saber como é a rotina e quais as preferências alimentares da pessoa com diabetes, se trabalha ou estuda e que atividades físicas pratica. “Quando vem uma criança, precisamos saber, por exemplo, se ela estuda de manhã ou à tarde, a que horas ela pratica esportes, para saber como distribuir a alimentação”, explica.
Dra. Wilma afirma que as pessoas com diabetes não precisam ter medo do nutricionista. “Nosso papel não é obrigar a comer nada. Procuramos adaptar, achar alternativas para que se alimente de um modo saudável, saboroso e que não afete a glicemia. O nutricionista é um profissional que negocia a alimentação, não impõe. Não se pode montar um plano alimentar em cima de proibições”, esclarece. “Se a pessoa gosta muito de pastel, podemos negociar para que ela coma algumas vezes por semana, cada caso é um caso”, completa.
A nutricionista ainda ressalta que é importante que a pessoa com diabetes aprenda a contagem de carboidratos, pois permitirá uma flexibilidade maior na dieta, sem elevar excessivamente os níveis de glicose. “Também deve se negociar quando comer os alimentos açucarados, pois nem as pessoas que não têm diabetes podem ingeri-los à vontade”, ressalta.
Outra recomendação da nutricionista é não compartilhar dietas. “Cada pessoa tem uma necessidade alimentar e vida diferente. Alguns são gordos, outros magros; uns praticam esportes, outros não; alguns estudam ou trabalham de manhã, outros à tarde. Isto tudo interfere nas necessidades nutricionais”, explica.

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