SÍNDROME DE BURNOUT: A NOVA DOENÇA DO TRABALHO
Por Helena Ferreira
A Síndrome de Burnout, uma espécie de estresse crônico, constitui uma das principais doenças ocupacionais do mundo moderno e pode provocar importantes desordens psicológicas em seus portadores (Revista Medicina & Companhia,n.10, 2006).
Primeiramente, o distúrbio foi constatado somente em profissionais da área da saúde envolvidos com alto fluxo de morbidade ou mortalidade, como nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), nos serviços de oncologia ou de tratamento contra a AIDS. Mas com o tempo percebeu-se que outros profissionais envolvidos com pessoas, como professores, policiais e carcereiros entre outros entravam em exaustão.
A síndrome envolve três componentes: o esgotamento emocional, sentimento de que a energia vital foi drenada; a despersonalização, atitudes negativas nas relações interpessoais; e a propensão ao abandono, que afeta a habilidade para a concretização do trabalho. No entanto, “o mal-estar tende a piorar já que a pessoa pode se sentir com remorsos por não estar trabalhando” (Revista Medicina & Companhia,n.10, 2006).
A Síndrome de Burnout apresenta-se hoje, como um dos mais graves problemas psicossociais, o que tem gerado grande interesse e preocupação não só por parte da comunidade científica internacional, mas também de entidades governamentais, empresariais e sindicais norte-americanas e européias, devido a severidade de suas conseqüências, tanto no nível individual como organizacional.
No Brasil, estudo sobre este tipo de estresse ocupacional, encontra-se em fase incipiente, bem como seus aspectos de prevenção e a intervenção do psicólogo neste campo.
O interesse por este campo aumentou devido três fatores, sendo que o primeiro deles foi a importância de melhoria de qualidade de vida e modificações introduzidas no conceito de saúde pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O segundo fator foi o aumento da demanda e das exigências da população com relação aos serviços sociais, educativos e de saúde. E, por último, a conscientização de pesquisadores, órgãos públicos e serviços clínicos com relação ao fenômeno, entendendo a necessidade de aprofundar os estudos e a prevenção da sua sintomatologia pois a mesma se apresentava mais complexa e nociva do que tinham conhecimento.
Nos anos de 1980, apareceram estudos que apresentaram resultados considerados alarmantes. Foram identificados sintomas em grupos profissionais que até então não eram considerados população de risco, pelo contrário, por tratar-se de profissões consideradas vocacionais acreditavam que estes profissionais obtinha gratificações em todos os níveis, dos pessoais aos sociais.
Também foram encontrados resultados que mostravam ocorrência de Burnout em pessoas com personalidades aparentemente ajustadas e equilibradas até entrar em contato com ambientes de trabalho específicos.
Importantes perdas de recursos humanos e econômicos foram detectadas pelas organizações , principalmente educativas e de saúde, onde estudos foram realizados, indicando altos níveis de Burnout, ocasionado principalmente ausências por doenças, fadiga, desilusão, absenteísmo, e declínio da motivação.
Passados mais de 25 anos de estudos sobre este fenômeno, estudiosos do assunto, colocam que o mesmo não tem mais se restringido hoje a profissões ligadas à saúde e educação, sendo este visto como um fenômeno que afeta praticamente todas as profissões, uma vez que a tendência atual é pensar em Burnout em profissões que possuem intenso e constante contato interpessoal.
Com o intuito de difundir aspectos relevantes deste mal-estar, bem como o de propor possibilidades de ação para a psicologia organizacional, este artigo aborda a síndrome como um fenômeno psicossocial.
Como fugir do Burnout
A recuperação dos portadores do distúrbio é mais bem sucedida quando medidas de suporte, com profissionais treinados para situações de crise, são mesclados com medicação adequada.
Além disso, o tratamento não se limita à recuperação, mas deve fornecer instrumentos para transformar as situações problemáticas em atitudes produtivas e saudáveis. Entre as principais medidas destacam-se: 1) evitar monotonia; 2) abandonar as horas extras em excesso; 3) ter um melhor suporte social; 4) a melhoria nas condições sociais e físicas do trabalho e 5) um investimento no profissional e pessoal através de aperfeiçoamento.
REFERÊNCIAS:
Revista Medicina & Cia, n.10. Disponível no site: http://www.amp.org.br/noticias7/r10estress.htm Acesso em: 12/05/2006.
http//: www.fea.usp.br/fia/livros/97/liv97-stress&trabalho.htm
http//: www.kmpress.com.br/pormai05.htm
http//: www.redegestao.com.br/desafio21/gec135.html
http//: www.tiadro.com/artigos/artigo111.html
http//: www.ulbra.br/psicologia/margob.htm#estress
http//: www2.uel.br/ccb/psicologia/revista/textov2n15.htm
A Síndrome de Burnout, uma espécie de estresse crônico, constitui uma das principais doenças ocupacionais do mundo moderno e pode provocar importantes desordens psicológicas em seus portadores (Revista Medicina & Companhia,n.10, 2006).
Primeiramente, o distúrbio foi constatado somente em profissionais da área da saúde envolvidos com alto fluxo de morbidade ou mortalidade, como nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), nos serviços de oncologia ou de tratamento contra a AIDS. Mas com o tempo percebeu-se que outros profissionais envolvidos com pessoas, como professores, policiais e carcereiros entre outros entravam em exaustão.
A síndrome envolve três componentes: o esgotamento emocional, sentimento de que a energia vital foi drenada; a despersonalização, atitudes negativas nas relações interpessoais; e a propensão ao abandono, que afeta a habilidade para a concretização do trabalho. No entanto, “o mal-estar tende a piorar já que a pessoa pode se sentir com remorsos por não estar trabalhando” (Revista Medicina & Companhia,n.10, 2006).
A Síndrome de Burnout apresenta-se hoje, como um dos mais graves problemas psicossociais, o que tem gerado grande interesse e preocupação não só por parte da comunidade científica internacional, mas também de entidades governamentais, empresariais e sindicais norte-americanas e européias, devido a severidade de suas conseqüências, tanto no nível individual como organizacional.
No Brasil, estudo sobre este tipo de estresse ocupacional, encontra-se em fase incipiente, bem como seus aspectos de prevenção e a intervenção do psicólogo neste campo.
O interesse por este campo aumentou devido três fatores, sendo que o primeiro deles foi a importância de melhoria de qualidade de vida e modificações introduzidas no conceito de saúde pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O segundo fator foi o aumento da demanda e das exigências da população com relação aos serviços sociais, educativos e de saúde. E, por último, a conscientização de pesquisadores, órgãos públicos e serviços clínicos com relação ao fenômeno, entendendo a necessidade de aprofundar os estudos e a prevenção da sua sintomatologia pois a mesma se apresentava mais complexa e nociva do que tinham conhecimento.
Nos anos de 1980, apareceram estudos que apresentaram resultados considerados alarmantes. Foram identificados sintomas em grupos profissionais que até então não eram considerados população de risco, pelo contrário, por tratar-se de profissões consideradas vocacionais acreditavam que estes profissionais obtinha gratificações em todos os níveis, dos pessoais aos sociais.
Também foram encontrados resultados que mostravam ocorrência de Burnout em pessoas com personalidades aparentemente ajustadas e equilibradas até entrar em contato com ambientes de trabalho específicos.
Importantes perdas de recursos humanos e econômicos foram detectadas pelas organizações , principalmente educativas e de saúde, onde estudos foram realizados, indicando altos níveis de Burnout, ocasionado principalmente ausências por doenças, fadiga, desilusão, absenteísmo, e declínio da motivação.
Passados mais de 25 anos de estudos sobre este fenômeno, estudiosos do assunto, colocam que o mesmo não tem mais se restringido hoje a profissões ligadas à saúde e educação, sendo este visto como um fenômeno que afeta praticamente todas as profissões, uma vez que a tendência atual é pensar em Burnout em profissões que possuem intenso e constante contato interpessoal.
Com o intuito de difundir aspectos relevantes deste mal-estar, bem como o de propor possibilidades de ação para a psicologia organizacional, este artigo aborda a síndrome como um fenômeno psicossocial.
Como fugir do Burnout
A recuperação dos portadores do distúrbio é mais bem sucedida quando medidas de suporte, com profissionais treinados para situações de crise, são mesclados com medicação adequada.
Além disso, o tratamento não se limita à recuperação, mas deve fornecer instrumentos para transformar as situações problemáticas em atitudes produtivas e saudáveis. Entre as principais medidas destacam-se: 1) evitar monotonia; 2) abandonar as horas extras em excesso; 3) ter um melhor suporte social; 4) a melhoria nas condições sociais e físicas do trabalho e 5) um investimento no profissional e pessoal através de aperfeiçoamento.
REFERÊNCIAS:
Revista Medicina & Cia, n.10. Disponível no site: http://www.amp.org.br/noticias7/r10estress.htm Acesso em: 12/05/2006.
http//: www.fea.usp.br/fia/livros/97/liv97-stress&trabalho.htm
http//: www.kmpress.com.br/pormai05.htm
http//: www.redegestao.com.br/desafio21/gec135.html
http//: www.tiadro.com/artigos/artigo111.html
http//: www.ulbra.br/psicologia/margob.htm#estress
http//: www2.uel.br/ccb/psicologia/revista/textov2n15.htm
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